Os ideais políticos e as classes de estado
Atualmente estamos acostumados com o sistema de países tradicionalmente capitalistas, e alguns socialistas. Outras classes de estado existem, e não paramos para pensar nelas. Na Inglaterra, por exemplo, há uma monarquia. No Brasil temos uma república presidencialista.
Nos primórdios da evolução humana, tivemos os impérios da Antiguidade, como o Império Babilônico. Em seguida, houve a transição para o modelo de autossubsistência do feudalismo, predominante na Europa.
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(Créditos: Irmãos Limbourg / Barthélemy d'Eyck | Domínio público)
A Crise do Século XIV levou à criação de Estados muito parecidos com os que temos hoje. O fortalecimento da burguesia elevou a demanda por uma unificação das diversas regiões do globo (o que só foi alcançado plenamente no século XXI). Para que o comércio da mesma fosse viável, era importante que tais regiões respeitassem a um padrão.
Logo após a crise, os chamados “Estados Antigos” aparecem. Imensos reinos absolutistas (poder total nas mãos do Rei) apoiados em práticas mercantilistas (como o colonialismo e o metalismo) surgem. É nesse período que há a chegada de Cabral ao Brasil.
Entretanto, o modelo absolutista sofre quando o governo não consegue controlar sua população. Os ideais iluministas iam contra as práticas mercantilistas. Montesquieu propôs a conhecida Divisão dos 3 Poderes e Adam Smith difundiu o liberalismo. O poder econômico não provinha das cortes reais, mas sim da burguesia.
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(Créditos: D'Alembert / Diderot | Domínio público)
Inspirados pelos ideais iluministas, e revoltados com algumas políticas governamentais, os franceses rebelaram-se na Revolução Francesa. O movimento culminou com o Império Napoleônico, que reconfigurou o mapa europeu. Após a deposição de Napoleão, chefes de Estado tentaram no Congresso de Viena voltar à antiga configuração da Europa. Tentou-se reestabelecer os poderes absolutistas despostos por Napoleão. O Congresso se mostra falho com as revoltas neoliberais do próximo século.
Essas revoltas, de influência iluminista, não somente se alastram pelo continente europeu, mas também pela América. É nesse período que ocorrem os processos de independência da América Espanhola (com o auxílio da Inglaterra) e da América Portuguesa.
As Guerras Mundiais, primeira e segunda, causaram uma instabilidade política e econômica no mundo. A Guerra Fria dividiu as nações entre primeiro, segundo e terceiro mundo. Ao seu fim, os Estados Unidos se consolidam como a potência militar global.
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(Créditos: Frank Hurley | Domínio público)
O que muitos não sabiam era que a potência era frágil demais. Em 11 de Setembro de 2001, o atentado de Osama Bin Laden (recentemente morto pela marinha americana) deu início a famosa Guerra ao Terror, do governo Bush. Esse poderio bélico foi devidamente mostrado na invasão ao Afeganistão, em 2001 e ao Iraque, em 2003. Desde então há um contraste entre as democracias ocidentais, com princípios de liberdade, e ditaduras islâmicas apoiadas pelos EUA, que temem a proliferação de movimentos extremistas nessas regiões.
Da mesma forma, grande parte dos países africanos (já assolados pela miséria e fome, como mostra a imagem) também são governados por tiranos. Muitos destes também convivem com guerras civis, fruto da colonização europeia.
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(Créditos não encontrados)
Apesar da queda do antigo sistema de monarquias absolutistas, temos até hoje reinos. O mais conhecido, sem dúvida, é o Reino Unido. A diferença é que tais monarquias são parlamentaristas, e o rei (no caso atual, a rainha) atua como o Chefe de Estado, ou seja, uma figura pública com influência, mas sem poder.
Diversos fatores podem levar à transição das classes de estado atuais para outras, mas a tendência é que o modelo democrático se espalhe mais ainda pelo globo. Veja por exemplo o caso da China, de economia capitalista e política comunista. Cuba, que não aderiu ao neoliberalismo, enfrenta desafios para manter uma boa qualidade de vida para sua população.